segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

E agora....


Mais estranho ainda, é que se passava uma semana , 1 mês e eu não via ele pela cidade, e de repente, ele surgia do nada, em algum lugar e começava aquele namorico visual...
Passamos um meio ano, nessa , e sempre aqueles encontros inesperados , surpreendentes e aquela melada na cueca, suspiro, respiros, vergonha,timidez, mas uma puta vontade de ficar se olhando, uma vontade meio incontrolável de olhar e curtir aquela visão que proporcionava aquela emoção estranha, boa, mas contida, e guardada para aqueles momentos, poucos momentos da vida.
Não sei se ele esperava alguma aproximação minha, ou uma oportunidade para chegar e ficarmos amigos etc, etc, etc...e no que dependesse de mim, ficaríamos nessa pro resto da vida, eu jamais chegaria perto ou começaria um papo, ou daria uma chance pra ele, comigo não era assim, nem seria com ele, mesmo sentido a promessa de uma coisa antes nunca sentida, mesmo assim, a minha vida era boa demais para sonhar com essas possibilidades , aventuras e contatos imediatos do 4º .
As coisas tinham que acontecer naturalmente era mais fascinante , era mais seguro e tranquilo, ao acaso, nada de forçar ou intimar, e se é pra acontecer, acontece, independe de intervir no destino, claro, que a gente faz a nossa parte, mas nada de empurrar a situação por causa de um desejo , uma fantasia, ou apenas um pensamento delirante de um cara que queria mais era comer o outro ou dar apenas, a coisa só vale se muda e melhora a pessoa e a vida dela, se não...deixa seguir o rumo natural da história de vida de cada um.
Um dia , parado, na sinaleira, alguém de moto bateu no vidro do carro, ouvi um -E ai cara, beleza?, o sinal abriu e eu segui, vi que era ele, a voz dele, vi que ele veio atrás , passou por mim e fez sinal de positivo, dei um toque na buzina e ele seguiu em frente, era um tesão ver ele sentado na moto,aquela bunda não precisava ser empinada, era boa demais sentado normal mesmo.
Mas ruas não são sempre preferenciais, logo ele parou, eu parei do lado, nem abri vidro, queria deixar claro que se ele quisesse alguma coisa ia ter que ralar muito.- Que tal uma cerveja depois do futebol?, gritou ele, -que futebol alemão? perguntei eu.-Te vi na quadra do Clube semana passada, falou ele, estava assistindo vocês jogarem.Sexta a noite ou Sábado a turma batia uma bolinha nas quadras de um clube da cidade.-Hoje não tem, disse eu.Ele encostou a moto no meio fio e me fez sinal pra parar ao lado....meu coração saltou pela boca, mas mantive a tranquilidade.
Mas era um baita cara de pau ou não tinha nada a temer,esconder etc... não sei, mas eu tinha uma puta vontade de esculhambar e falar na lata dele, - E ai cara, afim de me dar hoje?, essa frase me fazia rir e segurar a puta vontade de dizer ou ouvir isso dele, me dar ou me comer..sei lá..mas era isso que ele me fazia sentir e pensar.
Parei, ele tirou o capacete e abriu um puta sorriso meio sem vergonha e safado, eu sorri..nos cumprimentamos , mão , mão, ele se levantou da moto, aquela jogada de perna por cima do assento, me deixou imaginando ele peladão naquela posição, devia ser uma coisa que deixaria qualquer macho doidão.Ele veio e se abaixou na janela do carro,mal podia esconder o pau duro dentro da minha calça ,torci para que ele não notasse.-Sem futebol, sem cerveja então?, falou ele.
É , a gente ai depois come e toma umas , falei.Era Sexta-feira,o puto guardou o dia.
-Tá indo pra onde ,perguntei, e nem me perguntem porque perguntei isso, ele tinha tomado a iniciativa e eu não ia ficar só olhando pra ele como das outras dezenas de vezes.
Ele disse, -Vou na piscina, estou de férias desde segunda e não pude viajar, grana curta, etc... A piscina a que ele se referia ficava umas 5 quadrar da minha casa.
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Tormento.

Paguei, peguei meu pacote e me despedi da caixa e dele, sorriso, tapinha nas costas, -Pensei que vocês fossem parentes, ouvi a caixa dizendo pra ele enquanto eu me afastava, não ouvi nada dele..
Ficou nisso.
Outro dia estou passando em frente a um cachorrão (esses barzinhos que vendem xis e lanches), vi ele abraçado com uma guria e tomando cerveja.De namoradinha ele, também, uma gracinha daquelas não podia estar solteiro ou livre , disponível, a não ser que fosse uma bichona claro e isso ele nem com telescópio seria possível vê-lo como uma bicha, era um homenzinho lindo e masculino, se fosse bi, o que tudo indicava, era daqueles que nem a mãe desconfiava.
Ele me viu, me acenou, acenei, sorrimos..a guria me olhou...e falou com ele, deve ter perguntado quem era...nem imagino o que ele disse, aliás pensei em algo como -Bah , minha irmã, é um carinha que eu estou afim, (hehehe).
É , bem que ela podia ser irmã dele e ter essa confiança e liberdade.
Rolou um beijo, era namoradinha mesmo...mais estranho é que ele beijou ela de olhos abertos e olhando pra mim....
E eu descarado e filha da puta, fiquei olhando ele....aliás nós dois parecíamos dois putinhos se negaciando ( se encarando), cara aquilo era muito estranho.
Eu estava e fica meio perdido quando via ou me lembrava dele.
O que será que ele pensava ou queria, sentia alguma coisa muito boa vindo dele e ao pensar nele, meio um tesão maluco e uma amizade tri boa, daquelas que a gente leva pra vida toda, havia uma identificação no ar..algo inexplicável., mas havia em nossos olhares, e podia não ser nada sexual também.
Ele pegou ela pela mão e saíram em direção a rua, ele estava de calça jeans e aquele tênis de skeitista, camiseta branca, dava para ver a cueca dele, a calça era bem apertada, amigo, ele tinha uma senhora bunda, daquelas que da vontade de dar tapa, mordida lamber, beijar e dormir em cima e andando aquilo parecia uma provocação, um atentado violento ao pudor.
Fiquei esperando meus amigos do outro lado da rua e olhando pra ele sair, ele não podia ver que eu estava olhando pra ele, meu ray-ban, escondia bem a cara e os olhos, mas alguma coisa no meu corpo se manifestou vendo a bunda dele, era a primeira vez que eu encarava ela, ao ver o movimento dela, chegou a me faltar ar e o coração deu uns pulos meio doidão.
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Uma bunda de perder o fôlego.

Não era fácil dormir do lado dele, sem pensar em comer aquela bunda linda,nos conhecemos assim, do nada, um dia comprando tênis numa loja qualquer, ele elogiou o tênis que eu escolhi- Bonito esse tênis cara, quanto?.Nem olhei pra cara dele e respondi, ele disse que ficava bem no meu pé...comecei a ficar estranho,pensei que fosse alguém conhecido, olhei pra ele, sorri..falei que o que ele estava escolhendo não era legal, me lembrava ''skeitista sujo'', ele sorriu e disse que gostava do ''estilo''.
Ele era fortinho minha altura, cabelos loiros, bem grosso, olhos verdes, uma boca e dentes bonitos, tinha um cheiro bom, não parecia perfume caro ou coisa do gênero, parecia que acabara de tomar banho.
Ele falou algo mais, não me lembro não entendi e estava tentando achar o vendedor, me levantei e deixei ele solito ali.
Ele parecia um cara qualquer, não parecia um gay me contando ou tentando puxar assunto, não sei o que acontece quando alguém assim, parece estar querendo assunto ou tem algum interesse, mas fica estranho e a mente da gente já fica pensando naquilo, somos maliciosos por natureza, mas entre imaginar e criar uma situação contrangedora, fico na minha se tenho a certeza , sou educado mas dou um jeito se não tenho interesse e largo de 4, falo que na namorada, puxo assunto que desmotive o viadinho atirado.Mas no caso dele não senti nenhuma coisa nem outra.
Era só um gurizão bonito e simpático e querendo papo, mas....mas....nunca se sabe , por alguns , uma minoria bissexual ou homo, a gente e a sociedade põe a mão no fogo.
Decidi levar o tênis e fui pro caixa, logo ouvi a voz dele, -Legal, vai levar os dois, eu tmb vou, disse ele.Olhei para o que a caixa estava embrulhando para ele, era o tênis ''bagaceira'' e um igual ao meu.
-Agora só falta o ''skate'', falei e ri, ele sorriu me tocou o braço, pegou, apertou como quem diz -(Tu é foda cara, tirando sarro com a minha cara ).
-São irmãos?, perguntou a caixa, -Assim você me ofende, disse ele, sou muito mais bonito que ele, falou ele, ela olhou os dois e sorriu, preferiu ficar quieta, eu sorri, e pensei, bom , sinal que ele me achou bonito ou..só foi uma frase pronta pra quebrar o clima...?
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